São Luiz de Boré, Santo de roca
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Miniatura
Número de registro
202
Título para o público
São Luiz de Boré, Santo de roca
Denominação
Santo de roca
Autor
Técnica
Origem
data de produção
Classificação
Resumo descritivo
Santo [de roca ou de vestir], confeccionado em madeira entalhada e policromada, representando São Luiz de Boré. Escultura de tamanho natural, com parte da estrutura do corpo (da cintura aos pés) em armação composta por eixo central e oito tábuas verticais fixadas por pregos à base recortada, sendo duas delas esculpidas correspondendo à parte inferior das pernas, com carnação e pés (de dedos longos) calçados com sandália de tiras pretas. Escultura apoiada sobre base em metal (latão). Braços com dupla articulação (ombro e cotovelo), tendo antebraços esculpidos, mãos grandes e dedos grossos. Tez com carnação mais escura no rosto, pescoço, antebraço e pernas. Figura masculina, jovem, de pé, em posição frontal, com cabeça pequena, cabelos curtos ondulados, estriados e pintados em tom preto, orelhas aparentes, sobrancelhas e cílios pretos pintados, olhos azuis, nariz fino, bochechas rosadas, boca fechada com lábios em tom vermelho e queixo duplo. Dos ombros, saem duas flechas em madeira, uma de cada lado, com as pontas voltadas para cima, transpassando o corpo do santo, e extremidades inferiores que vazam as costelas. Na sua mão direita segura três flechas em madeira escura. Braço esquerdo flexionado com a mão em posição de quem segura atributo (inexistente). Traja hábito franciscano (em tecido), em tom marrom, com cíngulo torsado em cordão branco.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museuregionalcasadosottoni.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens/
Referências bibliográficas/arquivísticas
MARQUES, Lúcia. Metodologia para o cadastramento de escultura sacra-imaginária. 1ª edição. Ed. Contemp, 1982. Pág: 23 - Imagens de Roca/ As imagens de Roca ou de vestir, também conhecidas como "Bastidores", são aquelas que têm parte do corpo esculpidas e outras em leve armação de madeira, tendo algumas todo o corpo esculpido mais com fino tratamento somente nas extremidades, como cabeça, mãos e pés. Podemos chamá-las, também, de imagens de procissão pois eram muito usadas para essas solenidades religiosas por serem mais leves e fáceis de serem adaptadas nos andores./ Como são vestidas, abriram vasto campo à imaginação e ao gosto da época. As Irmandades, devotos, doadores se esmeravam em cobrí-las com os mais finos e ricos tecidos e jóias./ Segundo o Prof. Valentin Calderon de la Vara, sua origem está ligada à Península Ibérica, onde desde a primeira metade do século XVI tornou-se popular o uso de colocar ricos mantos nas imagens de Nossa Senhora. De acordo com o gosto barroco na tentativa de aumentar o realismo e a dramaticidade, começaram a usar elementos postiços que davam aparência mais natural./ No Brasil, as imagens de roca se desenvolveram graças, especialmente, às Ordens Terceiras, se propagando motivadas, também, pela devoção e gosto popular."
Temas
Época
Séc. XVIII/XIX