Santa Bona, Santo de roca
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Miniatura
Número de registro
183
Título para o público
Santa Bona, Santo de roca
Denominação
Santo de roca
Autor
Técnica
Origem
data de produção
Classificação
Resumo descritivo
Santa [de roca ou de vestir], confeccionada em madeira entalhada e policromada, representando Santa Bona. Escultura em tamanho natural, com parte do corpo (do quadril aos pés) em armação composta por cinco tábuas finas e um eixo cilíndrico central, além de braços esculpidos com dupla articulação (ombro e cotovelo) e sapatos esculpidos e pintados de preto. Figura feminina, de pé, em posição frontal, com espaço do cabelo pintado de marrom, testa larga, olhos pintados de azul, nariz fino, boca entreaberta com dentes da arcada superior aparentes e queijo proeminente. Mãos pequenas com dedos longos e finos. Mão esquerda com dedos posicionados para segurar atributo: uma cruz (em madeira escura). Pintura com carnação (rósea) nas partes esculpidas. Base ovalada com as tábuas verticais da estrutura do corpo da santa presas por cravos. Traja hábito franciscano (em tecido) composto por túnica cintada preta, de mangas compridas, além de toca e peitoral em renda brancos, sobrepostos por manto preto. No peito da escultura, a inscrição, em tinta preta: "S. BONA"
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museuregionalcasadosottoni.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens/
Referências bibliográficas/arquivísticas
MARQUES, Lúcia. Metodologia para o cadastramento de escultura sacra-imaginária. 1ª edição. Ed. Contemp, 1982. Pág: 23 - Imagens de Roca/ As imagens de Roca ou de vestir, também conhecidas como "Bastidores", são aquelas que têm parte do corpo esculpidas e outras em leve armação de madeira, tendo algumas todo o corpo esculpido mais com fino tratamento somente nas extremidades, como cabeça, mãos e pés. Podemos chamá-las, também, de imagens de procissão pois eram muito usadas para essas solenidades religiosas por serem mais leves e fáceis de serem adaptadas nos andores./ Como são vestidas, abriram vasto campo à imaginação e ao gosto da época. As Irmandades, devotos, doadores se esmeravam em cobrí-las com os mais finos e ricos tecidos e jóias./ Segundo o Prof. Valentin Calderon de la Vara, sua origem está ligada à Península Ibérica, onde desde a primeira metade do século XVI tornou-se popular o uso de colocar ricos mantos nas imagens de Nossa Senhora. De acordo com o gosto barroco na tentativa de aumentar o realismo e a dramaticidade, começaram a usar elementos postiços que davam aparência mais natural./ No Brasil, as imagens de roca se desenvolveram graças, especialmente, às Ordens Terceiras, se propagando motivadas, também, pela devoção e gosto popular." CUNHA, Maria José de Assunção da. Iconografia Cristã. Universidade Federal de Ouro Preto e Instituto de Artes e Cultura. Ouro Preto, 1993. (Pág. 83): SÃO LÚCIO E SANTA BONA - OS BEM-CASADOS (?)/ Lúcio, mercador, natural de Cagiano, Florença. juntamente com Bona, recebeu o hábito franciscano. Dedicaram-se à prática da caridade, trabalhando nos hospitais da Ordem./ De acordo com a tradição oral, Lúcio distribuiu todos os seus bens aos pobres, irritando a esposa que, por isso, temia a miséria. Certa vez, solicitada por Lúcio para dar pão aos necessitados, Bona discordou afirmando não possuir alimentos nem para os próprios filhos. Entretanto, surpreendeu-se ao deparar com a casa cheia de pães. Arrependendo-se, rogou perdão a Deus e ao esposo e venerou a Divina Providência./ Geralmente representados juntos, vestindo hábito franciscano e trazendo cada qual uma cruz./ Observação: Não se encontram referências a Lúcio e Bona nos hagiológicos consultados. Para Padre Rohrbacher, Bona nasceu em Pisa no ano de 1156, foi virgem, levou vida ascética e tinha sempre visões em que lhe apareciam Cristo e São Tiago. Falecida em 1207, não foi, entretanto, canonizada."
Temas
Conjunto com nº
184
Marcas/ inscrições/ legendas
Em tinta preta, localizada no peito da escultura: "S. BONA"
Época
Séc. XVIII/XIX