Santa Isabel de Hungria, Santo de roca
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Miniatura
Número de registro
186
Título para o público
Santa Isabel de Hungria, Santo de roca
Denominação
Santo de roca
Autor
Técnica
Origem
data de produção
Classificação
Resumo descritivo
Santa [de roca ou de vestir], confeccionada em madeira entalhada e policromada, representando Santa Isabel de Hungria. Escultura em tamanho natural, com parte do corpo (da cintura aos pés) em armação composta por oito tábuas finas verticais, sendo duas delas esculpidas compondo a parte inferior das pernas e os pés calçados com botas pretas. Braços esculpidos com dupla articulação (ombro e cotovelo). Tez com carnação esbranquiçada até o pescoço, além de antebraços e mãos. Figura feminina, de pé, em posição frontal, com cabelo pintado em tom marrom, rosto ovalado, orelhas aparentes, sobrancelhas e contorno dos olhos pintados em tom marrom, olhos em tom esverdeado, nariz fino, boca fechada, tendo lábios com vestígios de tinta vermelha, e queixo duplo. Apresenta chagas pintadas em tom vermelho na sua mão direita. No tronco esculpido, busto bem marcado. Possui peruca semi-longa de cabelos naturais em tom castanho escuro. Traja túnica preta (em tecido), de mangas compridas, sobreposta por manto no mesmo tom com bordado dourado e capa real com ornamentação floral e apliques fitomorfos em tons prata, verde e vermelho. Base octogonal. Encontra-se acompanhada por atributos (modernos): prato, xícara, colher e garfo, em madeira purpurinada.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museuregionalcasadosottoni.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens/
Referências bibliográficas/arquivísticas
MARQUES, Lúcia. Metodologia para o cadastramento de escultura sacra-imaginária. 1ª edição. Ed. Contemp, 1982. Pág: 23 - Imagens de Roca/ As imagens de Roca ou de vestir, também conhecidas como "Bastidores", são aquelas que têm parte do corpo esculpidas e outras em leve armação de madeira, tendo algumas todo o corpo esculpido mais com fino tratamento somente nas extremidades, como cabeça, mãos e pés. Podemos chamá-las, também, de imagens de procissão pois eram muito usadas para essas solenidades religiosas por serem mais leves e fáceis de serem adaptadas nos andores./ Como são vestidas, abriram vasto campo à imaginação e ao gosto da época. As Irmandades, devotos, doadores se esmeravam em cobrí-las com os mais finos e ricos tecidos e jóias./ Segundo o Prof. Valentin Calderon de la Vara, sua origem está ligada à Península Ibérica, onde desde a primeira metade do século XVI tornou-se popular o uso de colocar ricos mantos nas imagens de Nossa Senhora. De acordo com o gosto barroco na tentativa de aumentar o realismo e a dramaticidade, começaram a usar elementos postiços que davam aparência mais natural./ No Brasil, as imagens de roca se desenvolveram graças, especialmente, às Ordens Terceiras, se propagando motivadas, também, pela devoção e gosto popular." CUNHA, Maria José de Assunção da. Iconografia Cristã. Universidade Federal de Ouro Preto e Instituto de Artes e Cultura. Ouro Preto, 1993. (Pág. 86): SANTA ISABEL DE HUNGRIA - ou DA TURINÍGIA (1207-1231)/ Filha do Rei André II da Hungria, desde os quatro anos de idade fora prometida em casamento pelo pai ao Langran da Turíngia. Casada aos quatorze anos, ficou viúva seis anos mais tarde. Abandonada pela família, enfrentou sérias dificuldades para sustentar os filhos. Ingressou na Ordem Franciscana em Marburgo./ Conta a tradição que Isabel sempre distribuía pães e peixes aos pobres, apesar de contrariar o esposo. Certa vez, levando alimentos embrulhados num manto, para entregar aos necessitados, foi surpreendida pelo esposo que a ameaçou, caso estivesse praticando caridade. Forçada a mostrar o que levava, em vez de pães e peixes, o manto estava cheio de rosas brancas e vermelhas./ Sua festa é celebrada em 1º ou 16 de novembro./ É representada como princesa, ora como terciária franciscana ou ainda tendo capa real sobre o hábito./ Traz como atributos o pão ou o peixe, símbolos de sua caridade, e um cesto ou um avental cheio de rosas brancas e vermelhas."
Temas
Época
Séc. XVIII/XIX