Santa Maria Madalena, Santo de roca
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Miniatura
Número de registro
188
Título para o público
Santa Maria Madalena, Santo de roca
Denominação
Santo de roca
Autor
Técnica
Origem
data de produção
Classificação
Resumo descritivo
Santa [de roca ou de vestir], confeccionada em madeira entalhada e policromada, representando Santa Maria Madalena. Escultura em tamanho natural, com parte da estrutura do corpo (do quadril aos pés) em armação composta por quatro tábuas espessas verticais. Braços esculpidos com dupla articulação (ombro e cotovelo), tendo os antebraços esculpidos. Mãos grandes com dedos grossos, assim como os pés, que se apresentam descalços. Tez com carnação esbranquiçada até o pescoço, além de antebraços, mãos e pés. Figura feminina, jovem, ajoelhada, em posição frontal, com a cabeça levemente caída à sua esquerda, cabelo pintado em tom marrom, rosto ovalado, orelhas aparentes, sobrancelhas, cílios e olhos pintados em tom castanho escuro, nariz e boca grandes, tendo lábios carnudos pintados em tom vermelho. No tronco esculpido, busto bem marcado. Possui peruca semi-longa, de cabelos lisos naturais, em tom castanho escuro. Traja vestido (em tecido) de mangas compridas, em tom azul claro, decorado com motivos fitomorfos verdes e anágua branca com borda em formato oval com duas ripas horizontais de sustentação. Pés soltos.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museuregionalcasadosottoni.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens/
Referências bibliográficas/arquivísticas
MARQUES, Lúcia. Metodologia para o cadastramento de escultura sacra-imaginária. 1ª edição. Ed. Contemp, 1982. Pág: 23 - Imagens de Roca/ As imagens de Roca ou de vestir, também conhecidas como "Bastidores", são aquelas que têm parte do corpo esculpidas e outras em leve armação de madeira, tendo algumas todo o corpo esculpido mais com fino tratamento somente nas extremidades, como cabeça, mãos e pés. Podemos chamá-las, também, de imagens de procissão pois eram muito usadas para essas solenidades religiosas por serem mais leves e fáceis de serem adaptadas nos andores./ Como são vestidas, abriram vasto campo à imaginação e ao gosto da época. As Irmandades, devotos, doadores se esmeravam em cobrí-las com os mais finos e ricos tecidos e jóias./ Segundo o Prof. Valentin Calderon de la Vara, sua origem está ligada à Península Ibérica, onde desde a primeira metade do século XVI tornou-se popular o uso de colocar ricos mantos nas imagens de Nossa Senhora. De acordo com o gosto barroco na tentativa de aumentar o realismo e a dramaticidade, começaram a usar elementos postiços que davam aparência mais natural./ No Brasil, as imagens de roca se desenvolveram graças, especialmente, às Ordens Terceiras, se propagando motivadas, também, pela devoção e gosto popular." CUNHA, Maria José de Assunção da. Iconografia Cristã. Universidade Federal de Ouro Preto e Instituto de Artes e Cultura. Ouro Preto, 1993. (Pág. 39): SANTA MARIA MADALENA/ Maria, de Magdala, cidade situada na margem ocidental do Lago de Tiberíades, foi convertida por Cristo, a quem ungiu aos pés com bálsamo (Lc. 7, 38-39). Cristo lhe expulsou sete demônios, e Madalena passou a acompanhá-lo no grupo das Santas Mulheres (Mc. 15, 40-41). Esteve no Calvário e foi uma das primeiras a ver o Cristo ressuscitado./ É protetora dos perfumistas, dos cabelereiros e das mulheres arrependidas./ Sua festa é celebrada a 22 de junho./ Geralmente representada jovem, com longos cabelos, tendo um pote às mãos. Como penitente, aparece seminua, trazendo um crucifixo numa das mãos; na outra, um cilício, com o qual se flagela, e uma caveira, diante da qual medita. Integra as representações do Calvário onde aparece chorando, ajoelhada aos pés da Cruz. Seus atributos são um pote, que remete ao bálsamo, com o qual ungiu os pés de Cristo, uma caveira, a cruz e uma coroa de espinhos."
Temas
Época
Séc. XVIII/XIX